Protecção aos trabalhadores e famílias
O Governo anunciou hoje nove medidas de apoio aos trabalhadores, com várias a visarem uma remuneração para quem tiver de ficar em casa a tomar conta dos seus filhos até aos 12 anos.
As medidas foram aprovadas em Conselho de Ministros que terminou já depois da meia-noite desta sexta-feira, 13 de abril.
Estas medidas vão ter especial importância pois dois milhões de alunos vão ficar em casa a partir de segunda-feira, 16 de março, até, pelo menos, até 13 de abril, um dia depois do Domingo de Páscoa.
Segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, os progenitores poderão alternar no apoio aos seus filhos em casa. “É possível alterar o progenitor, mas não em simultâneo”, explicou.
Apoio – As nove medidas
- A atribuição de faltas justificadas para os trabalhadores por conta de
outrem e trabalhadores independentes que tenham de ficar em casa a
acompanhar os filhos até 12 anos; - O apoio financeiro excecional aos trabalhadores por conta de outrem que
tenham de ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de
66% da remuneração base (33% a cargo do empregador, 33% a cargo da
Segurança Social); - O apoio financeiro excecional aos trabalhadores independentes que
tenham de ficar em casa a acompanhar os filhos até 12 anos, no valor de
1/3 da remuneração média; - A apoio extraordinário à redução da atividade económica de trabalhador
independente e diferimento do pagamento de contribuições; - A criação de um apoio extraordinário de formação profissional, no valor de
50% da remuneração do trabalhador até ao limite do Salário Mínimo
Nacional, acrescida do custo da formação, para as situações dos
trabalhadores sem ocupação em atividades produtivas por períodos
consideráveis; - A garantia de proteção social dos formandos e formadores no decurso das
ações de formação, bem como dos beneficiários ocupados em políticas
ativas de emprego que se encontrem impedidos de frequentar ações de
formação; - A equiparação a doença da situação de isolamento profilático durante 14
dias dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores
independentes do regime geral de segurança social, motivado por
situações de grave risco para a saúde pública decretado pelas entidades
que exercem o poder de autoridade de saúde. Com esta alteração, os
trabalhadores a quem seja decretada, pela autoridade de saúde, a
necessidade de isolamento profilático terão assegurado o pagamento de
100% da remuneração de referência durante o respetivo período; - A atribuição de subsídio de doença não está sujeita a período de espera;
- A atribuição de subsídios de assistência a filho e a neto em caso de
isolamento profilático sem dependência de prazo de garantia.
Fonte:
André Cabrita Nunes – O Jornal Económico